Temporada 02 — Episódio 06: Sonhares políticos
O que há de político no sonhar? Hoje, vemos os sonhos na pandemia e uma conversa com a professora Cláudia Perrone sobre oniropolítica
O sonho é a via régia para o insconciente. Com a formulação de A interpretação dos Sonhos, Freud pavimentou um caminho que é percorrido pelos psicanalistas até os dias de hoje. No entanto, as tramas oníricas revelam não só o que há de íntimo no sujeito, mas também mudanças & efervescências sociais.
É o que me explica a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Cláudia Perrone. Uma das pesquisadoras responsáveis por estabelecer os estudos de oniropolítica por aqui, Perrone fez parte do grupo que analisou os sonhos de uma parcela dos brasileiros durante a pandemia de COVID-19.
O trabalho deu alguns frutos, como o dossiê Sonhos aprisionados, publicado na revista Cult #266, e o livro Sonhos confinados: o que sonham os brasileiros em tempo de pandemia, publicado em 2021 pela editora Autêntica.
Cláudia conversou comigo e me auxiliou a compreender algumas questões sobre a perspectiva política dos sonhos e o processo de escrita desse retrato onírico da pandemia que vamos conversar hoje.
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T02 E06: Sonhares políticos
Não foi assim, de uma hora para a outra, que as proposições de Freud passaram a ser debatidas. As ideias não apontavam só para uma reformulação no tratamento de doenças, nem era apenas a apresentação de um campo desconhecido. Era mais uma cisão na racionalidade tão valorizada pelo pensamento ocidental.
Como aponta Donna Haraway em Quando as espécies se encontram, depois de Copérnico remover a Terra do centro do universo e de Darwin evidenciar a irrelevância dos humanos no processo evolutivo, Freud causava mais um trauma no narcisismo humano ao confrontar a consciência com seus aspectos desconhecidos, apontando que a racionalidade não era tão racional assim.
A valorização do espaço onírico foi um dos primeiros movimentos feito pelo psicanalista austríaco e, ainda que a publicação de A interpretação dos sonhos tenha demorado para deslanchar, evidenciou o papel do inconsciente no processamento de vivências e na constituição das tramas do sonho.
De maneira sucinta, podemos afirmar que grande parte do que vivemos no dia não é conscientemente processado. Algumas coisas serão esquecidas durante o sono; outras, adquirem um padrão próprio e se tornam memórias. Mas, além do mecanismo de manipular as vivências, esse material também compõe aquilo que Freud chamou de restos diurnos — uma matéria-prima que é retrabalhada, moldada & conectada com desejos, traumas e tudo aquilo que precisa ser “processado” pela mente e que estrutura os sonhos de forma bastante pessoal.
Ao acordar, transformamos isso em uma narrativa, atribuímos significados aos símbolos, damos objetivos e finalidades para as ações — às vezes, até corrigimos buracos e incoerências. Tais movimentos são tão repletos de potencialidades que, mesmo com a presença do suposto guia ideal, o psicanalista, Freud apontava a existência de um núcleo impenetrável, o umbigo do sonho.
No entanto, até agora, o que vimos estava focado no prisma individual e subjetivo e deixamos algo importante de fora: o coletivo.
A obra de Charlotte Beradt, Sonhos no Terceiro Reich, é bem representativa no quesito de relações entre política e sonho. Durante a ascensão do partido nazista e do governo de Hitler, nos anos 1930, a escritora alemã notou que seus sonhos estavam se repetindo e estavam mais intensos e marcantes.
Quando percebeu que o mesmo acontecia com as pessoas ao seu redor, passou a coletar essas narrativas. O livro é a organização de cerca de 300 sonhos coletados entre 1933 e 1939 e são um retrato da configuração de um ambiente hostil que tomava forma. Conforme escreve Keilah Gerber no artigo A história sonhada,
Beradt observa que os sonhos mais elucidativos e memoráveis ocorriam principalmente nos primeiros anos em que o regime nazista ainda trabalhava de modo dissimulado. Sua hipótese é a de que ocorre um esvaziamento do trabalho onírico à medida que as questões são elaboradas e assimiladas.
Ou seja, conforme os sonhadores passavam a compreender conscientemente o momento em que viviam, menos vívidos eram os sonhos. Vale ressaltar que esse movimento não é de aceitação, mas de elaboração simbólica do momento histórico — é a percepção de que regras foram reajustadas, que as antigas maneiras de entender a vida precisam ser organizadas de outra forma.
Paul Tillich, filósofo e teólogo alemão citado por Keilah Gerber, destaca que os sonhos sabiam mais do que sua consciência em estado de vigília. “Tillich reconhece nesse material uma leitura mais precisa da realidade do que ele mesmo seria capaz de fazer quando estava desperto”, afirma Gerber.
Em Vozes de Tchernóbil, Svetlana Aleksiévitch também tem em suas páginas alguns dos sonhos dos afetados pelo desastre na usina nuclear, com direito a criaturas aterrorizantes e representação de um solo quase lunar. Ao longo do livro, diversas testemunhas reforçam a falência das obras dos escritores clássicos e das narrativas de guerra no trato da dimensão da contaminação por radiação — as áreas mais afetadas, por exemplo, estão contaminados por milhares de anos.
Penso que, para entender como os sonhos fazem essas leituras, o mais importante é deixar de lado o sonho enquanto espaço (imagem que construí nas últimas edições, talvez influenciado por Sandman) e passar a entender o sonhar como um ato — uma ação de conversa, um diálogo construído a partir não só do que é subjetivo, mas também do entorno.
Foi durante uma entrevista com Cláudia Perrone, professora na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que essa chave virou.
Perrone me conta que um dos temas da pesquisa que desenvolvia era o esgotamento da imaginação. “O que nós percebíamos”, ela me explica, “era uma perda de polissemia, de significados. Vivemos um momento de imposição de sentido. O discurso neoliberal, por exemplo, traz uma impossibilidade de imaginar outras saídas para os problemas vividos”.
Psicologicamente falando, esse afunilamento é muito perigoso. Por isso, no intuito de visualizar novos caminhos e de romper com a trajetória de significado único, Perrone e Rose Gurski, outra professora na mesma universidade, desenvolveram os estudos de oniropolítica.
Em um artigo publicado na revista Cult, intitulado A oniropolítica e a ‘peste’ freudiana, Perrone e Gurski afirmam querer “esburacar os discursos chapados da atualidade” como modo de “resgatar a complexidade do pensamento” e “construir um caminho passível de oferecer múltiplos sentidos em meio ao achatamento do pensamento, à intolerância nos laços e à desesperança”.
Há aqui um entrelaçamento da narrativa particular do sonho com a dimensão coletiva da existência, que se relaciona com a multiplicidade — e também a percepção do sonhar como um ato revolucionário e de resistência. Podemos elencar algumas razões para isso:
Sonhar exige um ritmo próprio — o do sono com qualidade — que é intrinsecamente improdutiv em termos capitalistas; sua temporalidade é ímpar e inacessível, unindo laços no passado/presente/futuro — não é progressivo, mas simultâneo; os sonhos, por si, são repletos de potencialidades imaginativas e simbólicas, estão longe das amarras de um pensamento totalitário; o próprio saber onírico se localiza em um campo oposto ao da racionalidade e do conhecimento técnico tão estimado nos dias de hoje.
Haveria então uma função mais transformadora e revolucionária que o ato de sonhar? O sonho opera uma transgressão fundamental na temporalidade do mundo: coloca-nos, no presente, a construir, através das ruínas do passado, o que ainda não existe na materialidade da vida, somente nas imagens dos sonhos. Propor uma escuta dos sonhos na atualidade é como propor ao sonhador que leve a sério a construção de suas constelações, um modo de apostar no saber que emana do mosaico onírico de cada um. — Rose Gurski e Cláudia Perrone, Sonhos confinados
Sonhos na pandemia
Além da crise política, social e simbólica, diagnosticada por Gurski e Perrone, também passamos recentemente por um trauma profundo: a pandemia de COVID-19. Como Perrone conta, o período de isolando causou uma fissura não apensa a nível individual, mas também coletivamente.
Por isso, em uma tentativa de retomar o papel comunitário do sonho e auxiliar as pessoas durante o período de isolamento, grupos de pesquisadores ofereceram espaços para compartilhamento dos sonhos para profissionais da saúde e da educação. Mas a afluência dos relatos logo compôs um retrato de sonhos típicos — recorrências específicas que apontavam mudanças estruturais nas narrativas oníricas.
O fruto dessa percepção foi um estudo realizado pelas Universidades Federais do Rio Grande do Sul, de São Paulo, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, com auxílio e discussões de hipóteses com membros do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Coordenada por Rose Gurski, Cláudia Perrone, Christian Dunker, Miriam Debieux Rosa, Gilson Iannini e, posteriormente, Carla Rodrigues, a pesquisa envolveu cerca de 80 pesquisadores e gerou um livro chamado Sonhos confinados: o que sonham os brasileiros em tempo de pandemia, publicado pela editora Autêntica em 2021 (além de um dossiê na revista Cult #266: Sonhos aprisionados).
Apesar do subtítulo, o livro de divulgação tem recortes bem específicos. Além de se debruçar apenas nos primeiros meses da pandemia, alguns capítulos evidenciam uma maioria branca, sudestina, com formação no ensino superior e de mulheres. Claro. A intenção não é desvalorizar o resultado, mas localizar o conhecimento produzido. O resultado da pesquisa constituiu um acervo que registra esse período traumático e que servirá de consulta nos anos por vir.
No total, 900 sonhos foram enviados da forma como preferiam os sonhadores: e-mail, mensagem de áudio, atendimento, mensagem... Desses, cerca de 100 pessoas foram escutadas individualmente e tiveram a possibilidade refletir sobre os sonhos via livre associação.
Mudanças & Recorrências
O trabalho dos pesquisadores apresenta diversos elementos que indicam a ruptura no modo que sonhávamos antes da pandemia e a erupção de alguns elementos em comum. A pandemia e o isolamento apresentaram um momento de sonhos mais intensos e vívidos, lembrados em maior quantidade.
Além disso, os sonhos tinham novos cenários, palavras, objetos, distâncias, ritmos (e, eu acrescentaria, novas temporalidades e espacialidades). Estávamos perto demais ou longe demais; Aglomerados ou isolados; Juntos, mas virtualmente. Uma parcela dos sonhos apresentava um senso de urgência em relação ao tempo perdido; outros, do lado oposto, se sentiam paralisados.
Como escrevem os pesquisadores na apresentação do livro,
a exigência suplementar de trabalho psíquico que a chegada da pandemia nos impôs, principalmente nos primeiros meses, torna esses sonhos particularmente interessantes. Como não dispúnhamos de formas simbólicas, nem de narrativas padrão, nem de um repertório de imagens compartilhadas capazes de apreender tudo que se passava, nosso psiquismo teve que trabalhar mais. Teve que processar, dia e noite, sem parar, esse novo real.
Um ano depois, em 2021, o que eles relatam é um refluxo dos sonhos. Não se sonha com a mesma intensidade. A realidade se tornou mais compreensível — ainda que, paradoxalmente, mais difícil.
Hoje, em 2022, penso que continuamos num movimento de arrefecimento. Um risco, claro. Corremos o risco de nunca processar o luto do que foi a pandemia — um luto de descaso; de perda de muitas vidas; de projetos interrompidos e potencialidades abandonadas.
Inaugurei ano passado a Ponto Nemo também como uma tentativa de encher o pulmão com um pouco de ar; processar o que acontecia. Na primeira edição, escrevi o subtítulo: [eu me digo que não é preciso descrever o mergulho para o peixe, mas não consigo evitar a vontade de dizer sobre a morte, o caos, o isolamento, a apreensão…].
Por isso, para que não esqueçamos da pandemia como fazemos com tantas outras tragédias; para que todos nós, vítimas do descaso sanitário gravíssimo, possamos lembrar, discutir e processar os traumas da pandemia, creio que a reflexão sobre esses últimos anos seja necessária.
“O livro que o leitor tem em mãos é um retrato onírico da pandemia, o retrato onírico desta perda” — Vários Autores, Sonhos Confinados
Infamiliaridade & Casa
Uma dos temas que me chamou a atenção no livro foi a constatação do espaço doméstico como um espaço permeado pela sensação do infamiliar, ou do Unheimliche, de acordo com o conceito freudiano.
Casa foi um dos termos que mais apareceram nos relatos oníricos recolhidos pelos pesquisadores, ao lado de amigos e mãe — quebrando a expectativa de termos como vírus, morte ou pandemia. Além disso, era um conectivo forte (ou seja, frequentemente ligava símbolos e ideias ao longo das tramas oníricas).
Se debruçar sobre a palavra casa não significa a mesma coisa para todos. Nem sempre a sensação é de abrigo, já que é também espaço de violência física e simbólica para grande parcela de pessoas. No entanto, durante a pandemia, as potencialidades ambíguas do espaço se intensificaram com a incorporação da sensação de “estar preso” no local que era, tradicionalmente, um abrigo.
De maneira resumida, podemos entender o infamiliar como “um sentimento paradoxal” que surge “quando estranhamos o que nos é familiar, quando sentimos desconhecer o que conhecemos há muito”. É a angústia que surge ao constatarmos a ambiguidade inerente das coisas, uma sensação que brota na percepção daquilo que parece estrangeiro, mas habita o nosso interior.
A figura do duplo nas narrativas clássicas, a sensação estranha que pode emergir ao encararmos bonecos quase-realistas ou a concepção arquetípica da sombra — aqueles desejos sombrios e recalcados de um herói que são personificados em um antagonista, são incorporações comuns do Unheimliche.
Então, além da ambiguidade preso/seguro, o aspecto do infamiliar também evocava uma espécie de funcionamento animista, já que atribuíamos a pessoas ou entidades externas uma intenção violenta, quando, na verdade, esses impulsos tinham origem no próprio interior — como desejos recalcados de burlar o confinamento e as medidas básicas de segurança.
Políticos, artistas e crises
Outro ponto interessante foi a presença de figuras políticas em diversas tramas. Os sonhos com políticos se encaixavam em três tipos de narrativa:
Narrativas de “desamparo diante das diferentes estratégias de gestão para a crise sanitária”. Eram sonhos que evidenciavam e tematizavam os embates entre os que compreendiam a dimensão da pandemia e os que a negavam;
Narrativas de “temor frente à fragilidade democrática e às ameaças autoritárias”, que discutiam a polarização nos campos políticos, a naturalização de atitudes antidemocráticas e a moralização do embate político com a incorporação de políticos como heróis ou vilões;
Narrativas de “impotência pelas incapacidades de diálogo político e da participação comunitária nas esferas públicas”. Geralmente, a trama se resolvia pela resolução ou transformação de conflitos com políticas públicas por meio da interação com as figuras políticas que apareciam na tramas. Às vezes, a impossibilidade de solução apresentava uma manifestação de insatisfação.
Curioso contrapor essa interpretação com uma leitura publicada no artigo A presença noturna das figuras públicas, escrito por Christian Dunker, Renata Bazzo e Tiago Ravanello, que apresenta como artistas se configuravam em um grupo geralmente em oposição às figuras políticas e como aliados dos sonhadores. Também há “um terceiro grupo no qual artistas e políticos se enfrentam diretamente em torno de minorias acuadas ou em perigo: negros, mulheres, gays, crianças”.
Além dos sonhos com políticos, foram analisados sonhos que refletiam as diversas crises políticas que vivíamos (e ainda vivemos), segmentadas em três níveis: (1) a crise sanitária mundial; (2) a crise política e econômica; e (3) a crise social e de saúde mental. Cada uma dessas camadas de crise encontrou uma trama padrão, organizada também em tríplice:
“Há sonhos que buscam, de um lado, um diagnóstico da realidade, compreender os acontecimentos, muitas vezes buscando referências na história pessoal. Outros sonhos enfatizam os dilemas, conflitos e escolhas gerados na crise, seja com culpa, seja com modalidades de angústia. (...) Por fim, há um terceiro tipo de sonho, próprio dos tempos de crise social, que interroga o absurdo e o obsceno do momento de modo que o litoral entre ficção ou realidade, sonho ou vigília, fica fluído” — Vários Autores, Sonhos Confinados
Desamparo e luto
Também interessante ressaltar que o sonho surgiu como um espaço de produção de linguagem e expressão da subjetividade de mulheres. Em um cenário onde muitas passaram a ter rotinas diárias sobrecarregadas e as violências domésticas intensificadas, os sonhos se apresentaram como espaço que retratou suas rotinas e angústias.
Um dos relatos analisados no quarto capítulo apresentava uma sonhadora que, durante a pandemia, passou a cuidar sozinha da casa em que morava junto de três homens (marido, filho e um cunhado recém-mudado). Apesar das tramas oníricas refletirem o sufuco diário, a sonhadora encontrava acalento quando compartilhava os sonhos com sua vizinha — outra mulher.
Além disso, o retrato no livro também aponta o desamparo na juventude a partir da análise narrativa de 52 sonhos relatados por jovens na faixa de 19 a 29 anos. O capítulo intitulado “máquina de moer sonhos”, apresenta quatro temáticas que surgem com força:
“O uso dos espaços privados e públicos” — jovens que seguiam o isolamento social, mas sonhavam com viagens de carro ou transporte público. Os sonhos geralmente envolviam falta de controle, interrupções bruscas ou uma sensação de passividade;
“O silenciamento (não ser escutado)” — sonhos que traziam cenas de emudecimento ou silenciamento de outros interlocutores, além da falta de escuta. Provavelmente, sonhos que tratavam da interrupções de projetos e planejamentos;
“Contato físico” — tramas que valorizam abraços, o tato e as relações interpessoais;
“Diferentes temporalidades referente às experiências vividas” — a temporalidade escolar apareceu com certa frequência, provavelmente como maneira de endereçar a angústia dos medos de perda de rotina, da morte e da infecção.
O retrato estabelecido pelos pesquisadores é que, diante do cenário da pandemia, os sonhos retratam um contexto agressivo, não apenas pela COVID-19, mas de um desamparo estrutural produzido pela situação política, social e econômica no Brasil que permearam os últimos anos de governo.
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Participei do episódio: “30:MIN 402 — 100 anos de Dias Gomes”.
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Está linda demais a edição 💚