Maratona 'Studio Ghibli' em ordem cronológica [Parte 1 de 3]
Primeira parte da minha aventura assistindo aos filmes do Studio Ghibli
Já comentei um pouco sobre os atrasos para a publicação na Correnteza de Novembro, mas, um dos motivos era bom: estava me preparando para mediar uma mesa na CCXP para o lançamento do livro Crianças do Silêncio, volume final da dualogia da Ordem Vermelha, de Felipe Castilho.
Gosto muito do Felipe e das coisas que ele escreve, então receber o convite foi um momento de alívio no meio do turbilhão das coisas. Quem gostar de ler fantasia, recomendo muito conhecer os livros (ainda mais agora que a história foi concluída).
Nesse meio tempo, o texto que resolvi tirar dos rascunhos era sobre as observações que surgiam durante minha maratona de filmes do Studio Ghibli. Em um determinado momentos, vi na minha finada conta do finado Twitter que os filmes do estúdio seriam removidos da plataforma de streaming. Resolvi, então, assistir a um por dia em ordem cronológica.
Escrevi uma listinha com os títulos em um caderno, postei parte do projeto no Instagram e até coloquei nos fixados, a pedido de uma seguidora. Mas, quando descobri que eles não iam sair tão cedo, congelei o projeto. Mas, para não deixar as ideias esfriarem, deixo minhas impressões do primeiro terço que assisti. Oito dos 24 filmes lançados. Infelizmente, não consegui revisar como gostaria. Peço desculpas antecipadamente.
Até o momento, assisti Nausicaä do Vale do Vento (1984), O castelo no céu (1986), Meu amigo Totoro (1988), Túmulo dos vagalumes (1988), O serviço de entregas da Kiki (1989), Memórias de ontem (1991), Porco Rosso: o último herói romântico (1992) e Eu posso ouvir o oceano (1993). É sobre eles que escrevi.
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Nausicaä do Vale do Vento (1984)
Direção: Hayao Miyazaki
Apesar de ser tradicionalmente considerado o primeiro filme do Studio Ghibli, Nausicaä do Vale do Vento foi originalmente lançado pela Toei poucos anos antes da configuração do estúdio. Por conta dessa proximidade temporal e, imagino, por ser um filme dirigido e baseado em um mangá escrito por Hayao Miyazaki, foi posteriormente incorporado como uma produção do Studio Ghibli. Inclusive, o longa tem seu próprio Blu-rays no box Studio Ghibli Collection.
Em Nausicaä do Vale do Vento estamos em um mundo fantástico pós-apocalíptico, acompanhados da princesa do Vale do Vento, Nausicaä, de dezesseis anos. A construção desse cenário é bastante interessante e com uma forte crítica ecológica. Mil anos após os Sete Dias de Fogo, que destruíram a civilização e grande parte da vida humana, o mundo dos humanos se encontra organizado em pequenas comunidades e um Império de alcance limitado.
A sociabilidade e comunicação entre os grupos é difícil. Além de um aparente tom hostil entre os grupos, o mundo é segmentado pelo Mar da Corrupção: um espaço selvagem, com ar e água tóxicos e insetos, plantas e fungos gigantes. Ao longo da trama, parece que Nausicaä é a única que admira e respeita as outras formas de vida, tanto as que moram nos espaços estéreis quanto a dos espaços contagiosos. Ela também é uma das poucas que não recorre às soluções fáceis e violentas. Como, por exemplo, a arma que carrega consigo e é geralmente usada de outras formas. Uma vez que seguimos Nausicaä, observar as ações bélicas dos outros personagens gera muita angústia.
Por fim, levando em consideração o momento de catástrofe climática que vivemos, não surpreende quando Nausicaä descobre que o Mar da Corrupção não é natural, mas que o veneno e toxicidade são efeitos colaterais, como uma reação ou defesa à violência da humanidade. Ainda que não saiba exatamente o que acontece, ela se pergunta: “Quem fez algo de tão horrível para o planeta?”… no fundo, ela já sabe a resposta.
O castelo no céu (1986)
Direção: Hayao Miyazaki
Em O castelo no céu, acompanhamos uma dupla de órfãos em busca de Laputa, a lendária ilha flutuante. A pequena heroína é Sheeta, sequestrada pelos agentes do governo devido ao colar mágico que ganhou de herança da família. Durante um ataque pirata ao dirigível do governo, Sheeta consegue fugir e cai em um vilarejo de mineradores. É lá que conhece o pequeno Pazu. Apesar de ainda ser criança, Pazu trabalha de assistente dos mineiros. Seu pai, antigo aviador, tem o registro de Laputa.
Fugindo dos agentes do governo pelo povoado (e com o seu colar brilhando tanto como dizem as lendas sobre os habitantes de Laputa), Sheeta e Pazu se aliam aos piratas e partem rumo à ilha voadora de Laputa.
O filme faz uma mistura legal entre diversos gêneros cinematográficos: temos fantasia, ficção científica e aventura. Além disso, curioso ver a relação entre as figuras que estão no poder — como o governo corrupto — e os que formam laços comunitários e de apoio — como os piratas e os trabalhadores da mina. No entanto, me aprece que o filme é um tanto pessimista.
A conclusão da trama me levou para um lugar como as histórias da Torre de Babel ou do Paraíso Perdido. Laputa surge como um lugar perfeito: o progresso tecnológico conseguiu estabelecer um espaço em que todos poderiam viver tranquilamente… até a ganancia humana corromper a localidade.
Não consegui evitar o paralelo do filme com os conceitos de assombrologia de Mark Fisher. O futuro e o ideal civilizatório foram alcançados; a utopia prometida se realizou, mas fraturou-se. Era tudo uma grande mentira. No entanto, o presente tampouco traz alguma solução. Crianças trabalham em minas. O poder público é tão ganancioso e mercadológico que piratas possuem mais senso de coletividade. O que resta é o fantasma desse espaço perdido assombrando o presente, surgindo como ilha lendária utópica, sem nenhum projeto realizável para substituí-la.
Meu amigo Totoro (1988)
Direção: Hayao Miyazaki
Meu amigo Totoro é fofo. Simples assim. Acompanhamos a história de uma família quer mudar de vida e muda para uma cidade no interior rural do Japão. O grande motivo para que as crianças e seu pai se afastem dos centros urbanas é que a mãe, internada com alguma doença, precisa recuperar-se.
Mei e Satsuki, as irmãs, são crianças repletas de inventividade. Encantam-se com a casa nova, seus vizinhos, a mudança e o contato com a natureza. Logo, as duas descobrem que o novo bairro é povoado por seres fantásticos e incríveis, que se escondem pelas redondezas. Alguns deles, inclusive, fogem da casa com a chegada da família. Outros caminham pelo próprio quintal!
Durante os intervalos das aulas, Mei e Satsuki resolvem explorar o mundo novo que se revela para elas… e é assim que elas encontram o amigo (ou vizinho, de acordo com o título original) Totoro, um espírito da floresta.
Ao longo da narrativa, o filme valoriza esse encantamento com o mundo e, principalmente, com a natureza que as meninas vivenciam. Diversas cenas são contemplativas, compostas de paisagens do interior rural e de momentos de admiração pela natureza e seus espíritos protetores. Além disso, a própria infância surge como momento em que há mais sensibilidade para se encantar com os mistérios do espaço.
Diversas vezes, os seres encantados revelam-se como exclusivos do mundo infantil. Logo no começo do filme, durante a mudança, Mei e Satsuki encontram susuwataris (pequenos seres de sujeira que habitam as casas desocupadas e fogem ao menor sinal de movimento). Apenas as crianças enxergam. Uma das vizinhas, a figura da Vovó que sempre surge nos filmes, afirma que também podia vê-los… mas apenas quando criança.
É essa abertura para outro mundo, sobreposto ao nosso, que permite que as duas irmãs encontrem Totoro, um gatônibus, passagens pelas árvores e muito mais. Um dos meus preferidos.
Túmulo dos vagalumes (1988)
Direção: Isao Takahata
Quando vi sobre Túmulo dos vagalumes, percebi que era um filme triste. Quase ninguém afirmava ter passado sem derramar nenhuma lágrima pelo filme. É claro. Aqui, acompanhamos a história de sobrevivência de dóis irmãos, Setsuko e Seita, que tentam sobreviver no Japão durante a Segunda Guerra Mundial — tentam, sim. Logo no começo, somos guiados pelas reminiscências de um fantasma.
Ainda no começo, Setsuko e Seita esperam notícias do pai, desaparecido em combate, quando o vilarejo é alvejado com bombas incendiárias. A mãe, sem resistir aos ferimentos, morre. Ele passa aos cuidados de uma tia distante, que os obriga a trabalhar, os coloca em uma posição de fome e os expulsa de casa pela pouca quantidade de comida.
Seita passa a saquear as moradias para conseguir alimentos para ele e a irmã mais nova. Eles são obrigados a morar em uma cavidade próxima aos reservatórios de água e começam a sofrer com doenças decorrentes da fome e falta de saneamento básico.
Depois do filme (e, também, do choro) descobri que a narrativa se baseia no conto semi-biográfico de Akiyuki Nosaka. Assim como Seita, Akiyuki precisou cuidar de uma irmã mais nova que morreu devido à desnutrição. Apesar de tudo, o filme é belíssimo. A pergunta que dá nome ao filme ecoa por muito tempo… por que os vagalumes precisam morrer tão cedo?
O serviço de entregas da Kiki (1989)
Direção: Hayao Miyazaki
Quando completam 13 anos de idade, as bruxas precisam sair de casa por um ano e se mudar para uma cidade onde não há bruxas — um processo que é uma mescla de intercâmbio com autoconhecimento. O ano de trabalho é feito para as jovens conquistarem independência, crescerem e, mais do que tudo, conhecerem quem elas são. Descobrirem quais são os pontos únicos dos seus talentos mágicos.
Acompanhamos Kiki, bruxa que dá nome ao título, completando seu décimo terceiro aniversário e preparando-se para enfrentar o novo mundo ao lado de seu gato, Jiji. Kiki acaba em uma cidade grande, litorânea e bastante desenvolvida. Para se destacar nessa cidade, o que a bruxa faz é ajudar no que pode. Kiki abre seu serviço de entregas, o mais eficiente da região! Claro, até porque ela faz as entregas voando pela cidade com sua vassoura.
No entanto, em um lugar tão cético, logo Kiki enfrenta problemas com sua identidade, poderes mágicos e propósito de vida. O cenário pressupõe as complicações desde o começo do filme. De um lado, o progresso e a tecnologia entram em conflito com a magia, seus poderes e encantos. Do outro, a presença de multidões e impessoalidades interfere no processo de autoconhecimento de Kiki e formação de sua identidade. Como comentado na edição em que relacionei magia e poder, a manifestação mágica e o contorno da identidade estão em forte sintonia em O serviço de entregas da Kiki.
Interessante notar o relacionamento de Kiki com uma de suas amigas, a artista. É a ela que Kiki recorre em seu período de crise, quando passar a questionar sua magia. Kiki é acolhida em seu refúgio na floresta e Arte e Mágica são postas em paralelo, guiadas pela mesma inspiração. A artista compartilha suas angústias, dos que teve crises, de quando não conseguia criar, e sentia falta da sensação de pintar as próprias ideias. O cenário só muda quando ela percebe o que pintar significava para ela.
É esse o processo que Kiki precisa percorrer: na cidade grande, sem o encantamento com o sensível, como criar arte/fazer mágica e se manter fiel ao que se é e ao que se acredita nesse espaço tão… moderno? Perguntas complicadas para se fazer aos treze anos de idade, mas que fazem da história o que ela é!
Memórias de ontem (1991)
Direção: Isao Takahata
Aos 27 anos, Taeko Okajima percebe que viveu sua vida inteira em Tóquio. Focada no trabalho. Para escapar dessa repentina asfixia urbana, parte para ajudar a família do marido de sua irmã mais velha em Yamagata, na zona rural do Japão, durante o período da colheita.
No entanto, o que era para ser uma viagem tranquila abre comportas de lembranças silenciadas e cria um estado de reflexão e conexão com a criança que foi no passado. Será que Taeko foi fiel aos seus sonhos?
Memórias de ontem, como mostra o título, é bastante permeado pelas reminiscências de Taeko, alternando as temporalidades do passado e do presente. Vemos as situações marcantes da sua infância: seu primeiro amor, sua primeira menstruação, primeiro tapa, primeira nota baixa, primeiro abacaxi… o filme todo tem um tom bastante lírico, trançando paralelos entre a infância, o processo de crescer e as aspirações que ficam para trás.
Toshio, o primo em segundo grau do cunhado, surge em paralelo às reflexões de carreira e estilo de vida de Taeko. Ao longo da sua estadia, ambos trocam experiências e se tornam bastante íntimos. O romance, no entanto, depende das escolhas de Taeko e daquilo que fica quando comparamos nosso eu do presente com nossas projeções do passado.
O filme é bastante bonito. A cena final na plataforma de trem, símbolo de viagem física e metafórica, com o idoso apressado em paralelo às crianças do passado, indicando as escolhas e a passagem do tempo, é bastante marcante para o desfecho.
Porco Rosso: o último herói romântico (1992)
Direção: Hayao Miyazaki
“É melhor ser um porco do que ser um fascista”, é uma das frases mais conhecidas de Porco Rosso: o último herói romântico. Aqui, acompanhamos a história de um piloto que saiu da força área italiana depois da Primeira Guerra Mundial e foi viver como um mercenário fora-da-lei. Ele é Marco Porcellino, conhecido como Porco Rosso.
Amaldiçoado a viver com uma cabeça de porco, o piloto ganha a vida caçando recompensas e repousando em sua base secreta — até porque Porco é procurado pelas forças italianas, tanto pelos amigos que querem que ele volte, como pelos que querem prendê-lo.
Em suas horas vagas, Porco vai ao Hotel Adriano encontrar-se com Gina, viúva de Bellini, seu melhor amigo. A narrativa acontece anos após a morte de Bellini, quando Porco e Gina são apaixonados… mas sem nenhuma concretização. Porco Rosso carrega em si um fardo de culpa pela morte do amigo diretamente envolvido com sua maldição.
Para concluir o conflito amoroso, entra em cena Curtis, um piloto canastrão que quer casar-se com Gina e vê o piloto meio suíno como um rival e resolve acabar com a vida dele — o fato de ter sido contratado por outros piratas rivais de Rosso também serve como incentivo em sua trajetória de vingança.
Em sua trajetória, Porco se alia à jovem Fiona Piccolo, de 17 anos de idade. Apaixonada pela aviação, Fiona é a responsável por projetar o melhor avião que Porco Rosso já pilotou e, aos poucos ganha a confiança do aviador, se tornando uma amiga muito próxima, capaz de ver o que há por dentro da cabeça de porco.
Apesar do conflito principal ser repleto de mortes e assassinato, o filme tem um tom forte de comédia: Curtis é um piloto exagerado, que depois segue carreira de ator; os piratas e mercenários são (quase) honrosos e românticos; a violência do filme é exagerada, cartunesca — em oposição ao fascismo italiano que cresce de fundo.
O que temos aqui, como o subtítulo da tradução sugere, é a demarcação do fim de uma era, quando os ideais ingênuos e românticos se desmancham frente à era obscura que pinta o horizonte.
Eu posso ouvir o oceano (1993)
Direção: Tomomi Mochizuki
O último filme dessa leva, Eu posso ouvir o oceano, acontece às vésperas do reencontro de uma turma de colegas de colégio. Longe de casa para cursar a faculdade, Taku o convite para a reunião traz as lembranças dos últimos meses de aula e de como ele e seu melhor amigo, Yutaka, se afastaram após uma briga.
Durante a volta de Taku para a cidade de Kochi, o filme acontece em flashback. Taku e Yutaka se tornaram rivais amorosos com a chegada de Rikako, uma aluna nova de outra cidade. Yutaka se apaixona imediatamente pela menina — e ela, claro, se apaixona por Taku.
O romance de Rikako por Taku não é exatamente não correspondido, mas o medo de ferir o amigo, problemas financeiros e complicações familiares impedem que os dois aprofundem o relacionamento. O que surge da relação entre três adolescentes tão distintos refletem as classes sociais, as diferentes regiões e o processo de modernização do Japão — interessante, por exemplo, ver a midiatização da sociedade no cotidiano da molecada: as músicas do walkman e do rádio, as revistas, o cinema e as bebidas de marca; além das expectativas e frustrações inerentes à adolescência.
Apesar de bastante interessante o desenrolar das relações entre os jovens, Eu posso ouvir o oceano me parece discrepante em relação aos outros títulos. Não por ter outro diretor ou por ter sido produzido direto para a televisão, mas o tom é bastante diferente. Com isso, quero dizer que é o único filme que valoriza a violência enquanto recurso dramático para resolução de problemas, sem o tom antibelicista de Nausicaä ou do desenvolvimento cômico em Porco Rosso. Tapas e socos surgem mais de uma vez como formas manifestação dos afetos. Particularmente, não gosto.
Para a próxima leva, temos: Pom Poko: a grande batalha dos guaxinins (1994), Sussurros do coração (1995), Princesa Mononoke (1997), Meus vizinhos, os Yamadas (1999), A viagem de Chihiro (2001), O reino dos gatos (2002), Castelo Animado (2004) e Contos de Terramar (2006).
Então, para a segunda parte, fica a pergunta… já viu algum desses filmes? Qual o seu preferido? Conta para mim!
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Nos últimos 15 dias, eu:
Participei do episódio: “30:MIN 453 – Eva Luna, de Isabel Allende”;
Participei do episódio: “30:MIN 454 – Livros para ficar de coração quentinho”;
Participei do episódio: “30:MIN 455 – Quando desistir de um livro?”;
Participei do episódio: “30:MIN 456 – Literatura e HIV: novas narrativas (com Rodrigo Casarin, do Página Cinco)”.
Deu vontade de fazer a mesma coisa e ver tudo em ordem cronológica, até para tapar os buracos dos filmes que ainda não vi!
Lendo com bastante atraso: eu vi todos mas alguns faz muitos anos. Meu primeiro foi Laputa mas isso foi em 2001 e eu nunca revi.