A maturidade dos super-heróis nos quadrinhos
Watchmen: Edição Definitiva, de Alan Moore e Dave Gibbons (2014).
Panini- 460p. R$110,00
Diversas mudanças socioculturais proporcionaram a convivência do herói clássico com personagens mais humanizados, complexos, repletos de fissuras e incertezas, como a criação de plataformas que possibilitam a criação de narrativas mais complexas. Não é que a modernidade tenha criado esses protagonistas, mas ela incentivou seu desenvolvimento e reconfiguração.
De Hércules ou Ulisses até Walter White ou Rust Chole, o movimento aconteceu em diversas frentes, fosse no teatro, na literatura ou no cinema. Dentro dos quadrinhos, a desconstrução do arquétipo do herói clássico aconteceu, principalmente, na década de 1980 com Alan Moore e a retomada de um personagem chamado Miracleman. Originalmente publicado como Marvelman, foi criado no começo da década de 1950 como substituto do Capitão Marvel e relançado em 1982. Com a reedição nas mãos de Moore, fez história com conflitos existenciais e violência explicita (vide imagem abaixo) em proporções jamais vistas antes.
A influência reverberou no trabalho dos quadrinhistas e, quatro anos depois, a revisão atingia seu ápice com dois trabalhos: Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons, e Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller. Enquanto Miller revia a história do Homem-Morcego sob a perspectiva de um velho aposentado e amargurado, Watchmen apresentava uma realidade paralela onde os heróis eram (quase) ‘gente como a gente’.
‘O que aconteceria se os super-heróis fossem reais?’ é a pergunta-chave que guia Gibbons e Moore na criação do novo universo. Assim como em Superman: Entre a Foice e o Martelo, que reconta o trajeto do Homem de Aço a partir de sua queda na União Soviética e não nos EUA, alguns dos elementos principais do Watchmen são os reflexos sociais, culturais, político e econômicos de um mundo onde existem pessoas com inteligência acima do normal ou com a capacidade de manipular matéria em nível subatômico.
No novo mundo, a história como conhecemos é subvertida. Os super-heróis foram uma vantagem do governo estadunidense sobre a União Soviética durante a Guerra Fria: os EUA venceram a Guerra do Vietnã, o escândalo de Watergate foi abafado e Nixon, ao emplacar uma medida provisória, vive seu sexto mandato presidencial com uma popularidade superior à de Kennedy.
O conflito nas terras vietnamitas foi estratégico na Guerra Fria: acreditava-se que, caso o Vietnã sucumbisse ao governo soviético, um efeito dominó afetaria a região e uma rede complexa de países adotariam o comunismo como sistema econômico. No entanto, em Watchmen, a vitória dos EUA na Guerra do Vietnã é obtida, a União Soviética aumenta seu arsenal nuclear em resposta e, devido à presença de Dr. Manhattan, a invasão soviética no Afeganistão é contida.
Como único ser com poderes especiais dentro dos quadrinhos, a aparição de Manhattan no fim dos anos 1959 não exerceu apenas pressão política, mas alterou a maneira como o vigilantismo mascarado era feito. Em Watchmen, desde o fim da década de 1930, pessoas foram inspiradas por histórias de super-heróis e passaram a combater o crime. Em 1940, os heróis formaram uma rede de contatos e se organizaram em um grupo, os Minutemen. A equipe foi composta pelos heróis Capitão Metrópole, Espectral, Justiça Encapuzada, Coruja, Silhouette, Dollar Bill, Traça e O Comediante. A crise do grupo, que começou em meados dos anos 1950, seria definitiva depois da chega de Dr. Manhattan. Os Minutemen, já enfraquecidos, foram desfeitos.
Tentando se agarrar aos antigos anos dourados, Capitão Metrópole tenta recriar um grupo de vigilantes mascarados, os Crimebusters. Em 1966, marca uma reunião com heróis ainda ativos e, com exceção do anfitrião, são eles os os protagonista da trama: Rorschach — ligado ao submundo do crime, conhecido por sua brutalidade, Coruja II — um rico herdeiro que herdou as roupas do primeiro Coruja, Espectral II — filha da primeira Espectral, seguiu os passos da mãe involuntariamente, Dr. Manhattan — o herói azul com superpoderes, Ozymandias — o homem mais inteligente do mundo, e O Comediante — que marca a história por seu cinismo.
O grupo não dá certo e a reunião é dispersada. Capitão Metrópole não é mais visto e o restante dos vigilantes continuam suas atividades. Em 1977, insatisfeitos com as atividades dos heróis, a polícia entra em greve pela incapacidade de exercer seu ofício e a sociedade, em apoio, faz manifestações. No mesmo ano, o governo instaura a Lei Keene e proíbe o exercício dos ‘aventureiros mascarados’. Todos os heróis se aposentam com exceção de O Comediante e Dr. Manhattan — que trabalhavam para o governo, e de Rorschach — que continuava clandestinamente no submundo.
Comediante — Cês são uma piada. Se ouvem que Moloch tá de volta, já pensam, “vamos juntar a moçada e ir pra cima dele”. Acham mesmo que isso tem importância? Acham que resolve alguma coisa?
Rorschach — Claro que sim. Se nós --.
Comediante — Resolve porra nenhuma. Vou mostrar por que não resolve.
Capitão Metrópoles — Ei! O que está fazendo--?
Comediante — Não resolve porque, dentro de trinta anos, vai ter ogiva nuclear voando feito marimbondo…
Capitão Metrópoles — Meu cartaz --.
Comediante — … e então o Ozzy aqui vai ser o cara mais esperto das cinzas. Agora, com licença. Tenho mais o que fazer. A gente se vê no gibi. — Vol 2., p.11, q. 1–4
Nesse contexto, Watchmen inicia sua história no dia 12 de outubro de 1985. Quando O Comediante é assassinado, jogado da janela de seu apartamento, Rorschach, paranoico, começa uma investigação independente e desenvolve uma teoria conspiratória — que, no fim, desmascara um plano muito mais complexo, onde o assassinato dO Comediante foi apenas um contratempo.
Na introdução da Edição Deluxe, Dave Gibbons descreveu o clima paranoico e ameaçador que pairava na sociedade e influenciou o trabalho dele e de Moore. Gibbons também destacou a transformação que acometeu os quadrinhos: de arte subjugada, Watchmen se tornou “farolete do panorama cultural”, mas não foi para menos. O trabalho expôs possibilidades narrativas ainda não exploradas no formato, tanto nos conflitos dos personagens e na desmistificação dos arquétipos quanto no desenvolvimento aprofundado da trama e na sutileza de elementos circulares, como a disposição de palíndromo no capítulo V: Terrível Simetria — o arranjo dos quadrinhos é o mesmo de trás para frente. Como prova, foi o primeiro quadrinho a ganhar o prêmio Hugo, premiação máxima para trabalhos de ficção científica e/ou fantasia.
O smiley manchado de sangue, que marca o início e o fim da história, foi um dos ícones de Watchmen que se tornou referência na cultura pop. Em uma entrevista, Gibbons explicou que o conceito por trás do símbolo é o da representação do mundo dos quadrinhos (o smiley) sendo invadido pelo mundo real (a mancha de sangue). O símbolo, inserido como bottom do Comediante, serve para dar cor à escuridão do personagem. Também o Relógio do Apocalipse, relógio simbólico criado em 1947 que marca a extinção da raça humana por uma guerra nuclear ao atingir meia-noite, é símbolo frequente na revista. A cada volume, o relógio andou cinco minutos em direção às 00h.
Midia
A mídia é um elemento de importância na narrativa. Televisores, propagandas, manchetes de jornais e quadrinhos apresentam informações sobre o contexto - principalmente sobre os conflitos bélicos -, ou narrativas secundárias e paralelas dentro daquele universo, como as propagandas das marcas de perfume de Adrian Veidt, Nostalgia e Millenium, que marcam transições importantes dentro da história, ou o quadrinho Cargueiro Negro.
Dave Gibbons apostou que, num mundo onde os heróis não habitavam exclusivamente os quadrinhos, a sensação das bancas seriam as histórias de piratas. Assim, o Cargueiro Negro se tornou um recurso para estreitar o paralelo entre o mundo de Watchmen e o nosso: além de ser uma história em quadrinhos dentro de outra, os eventos dele dialogam diretamente com os fatos da realidade de Watchmen, do mesmo modo que Watchmen esteve em sintonia com o mundo real da Guerra Fria, nos anos 1980.
Anti-herói
A biografia de Hollis Mason, o primeiro Coruja, é um dos extras da Edição Definitiva — um material que, como o Cargueiro Negro, compõe uma história dentro da história — e apresenta a sua trajetória como herói. Uma das maiores influências que o levaram a vestir uma fantasia e combater o crime foi a moralidade de seu avô e das revistas em quadrinhos da época : para eles o Bem era completamente Bom e a vilania do Mal era sempre derrotada.
O mundo de Doc Savage e do Sombra era caracterizado por valores absolutos, onde o que era bom jamais suscitava a menor das dúvidas e onde o que era mal inevitavelmente sofria algum castigo apropriado. (…) De minha parte, todos aqueles detetives e heróis brilhantes e capacitados ofereciam o vislumbre de um mundo perfeito onde a moralidade funcionava do jeito que devia — Sob o Capuz, p.5
A visão dualista é logo destruída quando Mason veste sua fantasia, luta contra o crime e passa a conviver com outros heróis: o mundo Preto e Branco passa a ser repleto de Tonalidades de Cinza. Esse é o clima de desconstrução do Bem Supremo de Watchmen, representado principalmente no cinismo e na amoralidade dO Comediante e na conspiração sombria que move a trama. Mas o que significa essa mudança nos quadrinhos?
Comediante — Olha aqui, quando cê sacar que tudo é uma piada, a única coisa que vai fazer sentido é O Comediante.
Dr. Manhattan — As vilas carbonizadas, as crianças usando colares de orelhas humanas… isso faz parte da piada?
Comediante — Ei! Quem disse que a piada é boa? Eu só danço conforme a música…” — Vol 2., p. 13, q. 3–4
Segundo Joseph Campbell, mudanças em imagens arquetípicas — como a representação do herói — servem de aviso das mudanças sociais e civilizatórias. Uma nova noção de herói surgiu de uma geração marcada pelo horror da guerra: enquanto a Primeira Guerra apresentou heróis que lutavam por honra e amor à pátria, os protagonistas da Segunda não encontravam sentido para sua própria vida, eram perdidos e enganados — os medos políticos e da bomba atômica tem muito a ver com isso. A geração seguinte, influenciada pela revolução cultural dos anos 1960, tentou abafar o pessimismo e a depressão da sociedade pós-guerra, muitas vezes abordando questões filosóficas sobre a existência humana.
Foi nesse contexto que a revisão dos heróis, citadas acima, se desenvolveu. Visível em Watchmen, cada um dos protagonistas revia o heroísmo à sua maneira. Em sua pesquisa, Luiz Eduardo Martins afirma que os vigilantes “são pessoas solitárias, com distúrbios mentais e sexuais, confusos e limitados por suas próprias impotências perante o caos que um iminente holocausto bélico poderia provocar”.
O Comediante é como um guia em Watchmen. Seu assassinato e as lembranças suscitadas a partir disso movem a história e, diversas vezes, a trajetória do personagem parece ser a mesma da HQ. Grosseiro e com o rosto deformado por uma cicatriz, Rorschach descreve O Comediante como alguém solitário que percebia a piada que era a sociedade estadunidense no fim do século XX. Seu humor era amoral e construía a personalidade oportunista do personagem e, apesar de trabalhar para o governo, O Comediante é o mais próximo dos personagens anarquistas de Alan Moore, como no V de Vingança.
Rorschach — Blake (O Comediante) entendia. Tratava tudo como piada, mas entendia. Ele viu as rachaduras na sociedade, viu os homenzinhos mascarados tentando manter as coisas juntas… Ele viu a verdadeira face do século 20 e decidiu se tornar um reflexo, uma paródia desses tempos. Ninguém mais sacou a piada. Daí, sua solidão. Me contaram uma piada: Um homem vai ao médico. Diz que está deprimido. Que a vida parece dura e cruel. Conta que se sente só num mundo ameaçador, onde o que se anuncia é vago e incerto. O médico diz: “O tratamento é simples. O grande palhaço Pagliacci está na cidade esta noite. Vá ao show. Isso deve animar você”. O homem se desfaz em lágrimas e diz: “Mas, doutor, eu sou o Pagliacci” — Vol 2., p. 27
Rorschach, por sua vez, é baixinho, feio e não respeita direitos humanos: para conseguir as informações que precisa, tortura; para livrar a sociedade dos criminosos que captura, mata. Nacionalista, Rorschach acredita que salva sua cidade e seu compatriotas ao ‘exterminar os vermes’. Para Moore, ele é uma representação do que seria o Batman no mundo real: um psicopata. Em outra perspectiva, Coruja é o antigo Homem-Morcego derrotado, antes das revisões de Miller: barrigudo, herdeiro de uma fortuna e repleto de equipamentos, o ápice de sua rotina são os encontros com o primeiro Coruja, Hollis Mason, onde recontam histórias de um passado glorioso.
Rorschach — Sexta à noite, morreu um comediante na cidade. Foi arremessado da janela e, quando atingiu a calçada, sua cabeça entrou no abdômen. Ninguém liga. Ninguém além de mim. Sera que é isso? Tudo inútil? Logo vai haver guerra. Milhões vão queimar. Milhões vão morrer na miséria e na doença. Por que uma morte pesa mais do que outras? Porque existe o bem e existe o mal. O mal deve ser punido. Mesmo no Dia do Juízo Final isso não vai mudar. Mas tem muitos merecendo pagar… e tão pouco tempo. — Vol 1., p. 24, q. 2–7
A Espectral é uma representação da transição para a mulher pós-revolução dos anos 1960. Enquanto a primeira era sensualizada, dependente do marido e tinha diversos relacionamentos abusivos, a segunda adota uma postura liberal e procura lugares autônomos na sociedade. Um momento marcante no quadrinho é que, ao retomar o vigilantismo, ela reformula o antigo uniforme da mãe para se desprender da antiga imagem.
Enquanto isso, a presença de Dr. Manhattan é esmagadora dentro dos quadrinhos. A existência do ‘deus americano’ evitou a guerra nuclear e transformou a sociedade dos EUA ao dar acesso a novas tecnologias e proporcionar um clima aterrorizante pelo contato com um ser tão potente:
A tecnologia que o Dr. Manhattan tornou possível mudou a maneira como encaramos nossas roupas, alimentos e transportes. Nós dirigimos carros elétricos e viajamos confortavelmente em dirigíveis econômicos e limpos, do ponto de vista ecológico. Nossa cultura inteira teve de se alterar para acomodar a presença de algo mais do que humano e todos nós sentimos o resultado disso. A evidência está ao nosso redor, em nosso cotidiano e nas primeiras páginas dos jornais que lemos. Um único ser pôde mudar o mundo todo, levando-o, ao fazer isso, mais perto de sua fatídica destruição. Os deuses agora andam entre nós, afetando a vida de todos os homens, mulheres e crianças no planeta de maneira direta e não através da mitologia e da reafirmação de fé. A segurança do mundo inteiro repousa nas mãos de um ser muito além do que compreendemos como humano. Estamos todos vivendo à sombra de Manhattan — Dr Manhattan: o super-homem e as superpotências, p.III.
Ao longo da história, Manhattan passa a se importar cada vez menos com a vida na Terra, chegando a se exilar em Marte. Um dos pontos altos de Watchmen é o Volume 4 — Relojoeiro que, escrito sob a onisciência temporal de Dr. Manhattan, faz idas e voltas entre presente, passado e futuro.
Por fim, o último dos protagonistas é Adrian Veidt. Órfão aos 17 anos de idade, abdicou dos luxos e da herança para reconstruir seu legado a partir do nada, seguindo os passos de seu ídolo Alexandre, O Grande. A jornada que percorreu seguiu o mesmo percurso que o conquistador, 2300 anos antes (vide imagem abaixo), mas, ao chegar no ponto do rio Indo, onde Alexandre recuou para resolver tensões no seu Império, Veidt prosseguiu até a China e o Tibete, onde aprendeu artes marciais e foi presenteado com haxixe.
Numa noite antes de voltar aos EUA, Veidt ingere a bola de haxixe e, sob o efeito da droga, tem uma visão onde acredita ter incorporado a sabedoria imortal de Alexandre e dos grandes faraós. Com isso em mente, Adrian começa o seu próprio império — dedica-se a unificar e o mundo. À sua super-inteligência soma-se o fato de ter se tornado o mais poderoso e rico dos homens. Ao mesmo tempo, Veidt adota o nome grego de Ramses II e passa a ser conhecido como Ozymandias.
Nesse aspecto, a história do Nó Górdio se torna um elemento importante em Watchmen e une a trajetória de Alexandre e Ozymandias mais uma vez. As histórias de um passado mítico da Frígia, reino da Ásia Menor, contavam a profecia de um nó impossível, o Nó Górdio, que, ao ser desatado, revelaria o ser capaz de dominar mundo. Ao passar pelo território, Alexandre tomou conhecimentos dos boatos e, instigado, resolveu analisar o nó. Depois de averiguar o nó, resolveu desembainhar a espada e cortar o laço. Ozymandias admira a solução e a inteligência astuta de Alexandre.
Como o conquistador, Veidt traça um plano fora dos lugares comuns, com a intenção de salvar e unificar o mundo. Em sua base no Ártico, uma pintura que retrata a história de Alexandre e o Nó Górdio preenche uma parede.
Veidt incorpora o anti-herói por excelência dentro dos quadrinhos. Ele não é o antagonista da história, mas é tampouco guiado por valores heroicos. Segundo o roteirista Cristopher Vogler, em seu livro A Jornada do Escritor, o anti-herói não é “o oposto do Herói, mas um tipo específico de Herói que pode ser fora da lei ou vilão do ponto de vista da sociedade”. É uma junção do arquétipo do Herói com a Sombra vilanesca.
Em suma, Vogler identificou dois tipos de anti-heróis: 1. Os que se comportam como os heróis convencionais, mas com alguma qualidade tortuosa. Estão dentro desse caso Robin Hood e Jack Sparrow, por exemplo; 2. A outra categoria retrata o “herói fracassado, que nunca superou seus demônios internos, sendo humilhado e destruído por eles. Eles são charmosos e têm qualidades admiráveis, mas sua imperfeição vence no final”. É aqui que Veidt se encontra. Seu objetivo não envolve sacrifícios pessoais, apenas um planejamento frio e calculista e a morte de outros. Além disso, a unificação mundial não tem como prioridade a paz, mas é uma necessidade para a expansão do seu império e saciedade de seu ego conquistador.
Watchmen foi uma das histórias que captou parte da essência de seu tempo e a traduziu em ressignificações narrativas e arquetípicas. Hoje trabalhos como esse reproduzem momentos históricos e podem servir de inspiração para aqueles que desbravam o caminho das Histórias; uma trilha perpétua que, desde cedo, todos nós percorremos.
Mas isso, para variar, Dr. Manhattan já sabia…
Ozymandias — Eu agi corretamente, não? Deu certo no fim.
Dr. Manhattan — “No fim”? Nada chega ao fim, Adrian. Nada.
Ozymandias — Jon, espere. O que quer dizer com--. — Vol 12., p.27, q. 4–5
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