Os melhores de 2024; as expectativas para 2025
Uma retrospectiva, uma projeção & uma edição bastante atrasada para quem esqueceu que assinou a "Ponto Nemo"
Já faz algum tempo que as coisas começaram a mudar por aqui — então, ainda estou tentando reorganizar minha rotina de escrita. Tem sido difícil.
Comecei a trabalhar como assistente editorial de quadrinhos, peguei alguns freelas de reportagens para uma revista científica que tenho curtido (são quase como os textos das primeiras edições da Ponto Nemo, para quem é das antigas. Logo sai a primeira publicação e compartilho aqui), também fiquei responsável por grande parte da produção do novo quadro de entrevistas do 30:MIN, enfim…
Também para quem é das antigas, antes de todas as coisas acontecerem, tinha começado a planejar a reedição da temporada sobre cogumelos & a produção de uma temporada nova. Infelizmente, tive que adiar os projetos, mas devo colocar em prática ano que vem. Assim como a retomada de parte das leituras mitológicas. Antes disso, como o ano está acabando, queria fazer uma edição especial destacando coisas que curti ler, ver, jogar & fazer esse ano.
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Melhores de 2024
Congelei a escrita até na agenda. Minha rotina de exercícios também foi pro beleléu e já faz uns meses… o que fiz bastante esse ano foi ler (e publicar um conto curto que escrevi dedicado à minha vó, que saiu na revista Pulpa e que vocês podem ler aqui).
Li muito, não necessariamente por prazer. Não registrei algumas leituras de trabalho, mas vocês encontram minha lista completa no Goodreads; se quiserem bater papo sobre algum outro livro que está aí e não postei aqui, só comentar na publicação ou responder o e-mail.
No final da lista, também deixei algumas outras coisas que curti fazer no ano e que valem a menção.
Livros
Não-Ficção
Ética na inteligência artificial, de Mark Coeckelbergh (editora Ubu e PUC-Rio, tradução de Clarisse de Souza, Edgar Lyra, Matheus Ferreira e Waldyr Delgado)
É um ensaio longo que considera algumas questões éticas sobre o uso da Inteligência Artificial. Foge aos argumentos mais clichês de quem crítica ou defende a ferramenta para apontar algumas questões problemáticas de funcionamento, responsabilização e conscientização de como o processo é feito. Cheguei a escrever sobre o livro em uma das primeiras edições do ano da Ponto Nemo.
Um antídoto contra a solidão, de David Foster Wallace (editora Âyiné, organizado por Stephen J. Burn e tradução de Sara Grünhagen e Caetano W. Galindo)
Em fevereiro, gravamos no 30:MIN um episódio sobre Por que ler David Foster Wallace? e essa foi uma das leituras que fiz para a pauta. Apesar de ser um autor que li pouco, gosto muito de ler suas entrevistas e ensaios. Gosto de como ele fala sobre o entretenimento e a literatura nos dias de hoje, de como ele analisa a sociedade em que vivemos e a própria forma da escrita dele. Excelente conjunto de entrevistas publicado por aqui.
Frantumaglia: os caminhos de uma escritora, de Elena Ferrante (editora Intrínseca, tradução de Marcello Lino)
Coletânea de cartas e entrevistas com a autora italiana que, em sua maioria, reflete sobre os temas e a escrita da própria obra. Achei uma leitura bastante reveladora sobre os outros livros que dela já tinha lido — inclusive, vontade de reler Dias de abandono. Para quem gosta da autora & para quem gosta de pensar sobre escrita e literatura.
O púlpito: fé poder e o Brasil dos Evangélicos, de Anna Virginia Balloussier (editora Todavia)
Até hoje, muitos meses depois de ter feito a leitura do livro, ainda me pego pensando em alguns dos trechos do livro. O assunto é sensível, complexo, envolve uma série de questões, posicionamentos políticos e pontos de vista sobre a vida, mas o que Anna Virginia escreve aqui traz pontuações muito interessantes sobre o posicionamento da esquerda e o recorte demográfico da maioria evangélica no Brasil. Para quem se interessar, fizemos um episódio de 30:MIN Entrevista com a autora.
Uma história (muito) curta da vida na Terra: 4,6 bilhões de anos em doze capítulos (!), de Henry Gee (editora Fósforo, Gilberto Stam)
Sou uma pessoa de curiosidades variadas e aleatórias. Se você acompanhou a temporada sobre cogumelos, sonhos, tricksters e coisas do tipo, já imagina. Aqui, Henry Gee faz um panorama da vida e aborda muitos assuntos, desde a reserva de elementos químicos necessários para a vida e como ela fazia a manutenção, até a parte de como os dinossauros dependiam de ossos ocos para conseguir fazer a regulação térmica devida e se estabelecer como uma forma dominante de vida. Como nem tudo são flores, Gee peca ao fazer leituras sociais, como a atribuição de papéis de gênero ao cuidado e também na exposição confusa sobre o “instinto” monogâmico e adúltero.
Ficção
Tetralogia Napolitana, de Elena Ferrante (editora Biblioteca Azul, tradução de Maurício Santana Dias)
Li os quatro livros para escrever uma resenha para o jornal Rascunho e, desde então, tenho dito por aí: é uma das melhores coisas já escritas. Para além de gostar ou não do que é escrito e de como Ferrante organiza sua narração, o controle que ela mantém ao longo de quatro livros e de duas personagens distintas em diversos momentos da vida é primoroso. Não é à toa que conquistou o primeiro lugar na lista da The New York Times.
All Systems Red: The Murderbot Diaries Vol.1, de Martha Wells (Tordotcom)
Há pouco a dizer sobre esse livro, mas gostei do que li: um androide conquista sua liberdade do sistema militar e resolve passar seu tempo livre assistindo a novelas pirateadas e baixadas em seu HD. Logo teremos adaptação do livro em uma série da Apple TV+, não é uma obra-prima, mas é divertido. Fui convidado a gravar um episódio sobre o livro no Cappuccino cast.
Marea Infinitus & As sete mortes de uma sereia, de Lis Vilas Boas (edições da agência Magh)
Gosto muito e acompanho o que Lis Vilas Boas escreve há algum tempo, inclusive em sua newsletter. Resolvi tirar o atraso de algumas de suas ficções que estava no meu leitor digital. Li Marea Infinitus e As sete mortes de uma sereia e curti bastante, principalmente o segundo conto. São contos que unem coisas marítimas, algumas reflexões esquisitas e sobre outras consciências e que são acessíveis. Há pouco tempo, ela publicou Garras, que está na minha lista de leitura.
Sagarana, de João Guimarães Rosa (editora Nova Fronteira)
Ano passado, li Grande Sertão: Veredas e, em 2024, gravamos um episódio no 30:MIN sobre Sagarana. A coletânea de estreia de João Guimarães Rosa como conhecemos e são contos sensacionais. Construção da linguagem, dos cenários, dos personagens, do drama e do humor. Bem medido e bem pesado. Para 2025, talvez eu leia Manuelzão e Miguilim.
Nós fazemos o mundo, de N.K. Jemisin (editora Suma, tradução de Helen Pandolfi)
N.K. Jemisin é uma das autoras que mais gosto de ler da atualidade e sempre tento ler alguma coisa dela no ano. Dessa vez, conclui a duologia das Grandes Cidades. Aqui, as cidades personificadas em avatares fazem o confronto final e não derrubam a peteca do primeiro livro. A forma de trabalhar as questões abstratas dos constructos e o exercício de visualizar as cidades como indivíduos desenvolvidos ao longo do tempo me agrada muito — com um destaque especial para Nova York usando os poderes de um pombo carregando um rato carregando uma barata como movimento personalizado.
Coelho maldito, de Bora Chung (editora Alfaguara, tradução de Hyo Jeong Sung)
Coletânea de contos esquisitos da escritora sul-coreana Bora Chung. São contos bem diversos e, como toda obra variada, alguns são menos interessantes que os outros, mas gosto de como diversos temas entram em sua escrita. Um dos contos me lembra bastante histórias de tradição oral, dois contos de fantasma são bastante interessantes e até mesmo uma narrativa bastante escatologia em que os excrementos de uma mulher ganha vida ao longo dos anos.
Quiça, de Luisa Geisler (editora Alfaguara)
Para a produção de um episódio em que 30:MIN Entrevista: Luisa Geisler, li Quiça. O livro teve uma nova edição comemorativa e ainda me pego pensando na estrutura do livro. Ele conta a história de um momento no tempo de uma família, em que uma prima criança e de classe média recebe um primo para morar em casa depois de uma tentativa de suicídio. Os acontecimentos pouco importam, mas a escrita de Geisler é muito bem estruturada com direito ao uso de retratos e intermezzos. Meses depois, ainda penso em como ela estruturou isso essas cenas e como poderia usar em outras narrativas.
Annihilation, de Jeff VanderMeer (editora FSG Originals)
Releitura e, dessa vez, no original. Queria reler para chegar até o quarto volume da série, que saiu há pouco tempo. Lembrava de ter gostado do livro, mas não lembrava que ele era tão bom. Uma região estranha, denominada Área X aparece no litoral e diversas expedições são enviadas para estudar o local. Acompanhamos uma dessas viagens pelo ponto de vista de uma bióloga, que narra o habitat e a hibridização das formas de vida de forma esplêndida. Para quem gosta da editoria de links sobre a natureza, excelente leitura.
Damas da Lua, de Jokha Alharthi (editora Moinhos, tradução de Safa Jubran)
Damas da Lua foi um livro escolhido para o Clube de Leitura 30:MIN 2024 e foi uma surpresa. Contando a história de uma família morando numa vila de Omã, temos o retrato de uma literatura pouco traduzida para o Brasil, com diversos pontos de vista que são únicos e variam em temas e formas. Outro livro de Jokha Lahrathi foi traduzido e publicado em 2024, Narinja, e ficarei de olho para 2025.
Não fossem as sílabas do sábado, de Mariana Salomão Carrara (editora Todavia)
Gravamos para uma série de episódios sobre livros premiados e achei muito interessante a forma como ela trabalha o luto. Para mim, o que fica além de uma prosa muito bem trabalhada, é a maneira como a protagonista conversa dialoga com o inanimado sobre o luto: como uma arquiteta, trabalha o luto com os cômodos e itens da casa, refletindo sobre contar para uma almofada a morte do marido; absorvendo traços do marido biólogo, lida com as plantas e outras formas de vida; aproximando-se de Madalena, professora de português, pensa no peso e nas sílabas das palavras…
Obra completa, de Murilo Rubião (editora Cia. das Letras)
Depois de a pauta ser escolhida por padrinhos do podcast, tirei o pó do livro que acumulava desde 2018. Um dos nomes da literatura brasileira fantástica que foi precursor do boom latino-americano do dito realismo mágico ou real maravilhoso, aborda a construção de lugares oníricos, de um cotidiano absurdo, do desejo, da morte e de questões sociais. O livro é uma coletânea dos únicos 33 contos publicados e escritos com muito preciosismo e esmero.
Mariposa Vermelha, de Fernanda Castro (editora Suma)
Também fizemos uma entrevista com a escritora Fernanda Castro no 30:MIN e, como preparação, tirei o atraso de Mariposa vermelha. É uma fantasia que se passa na cidade de Fragária e envolve a derrubada de um poder tirano, uma protagonista má e um pacto fáustico. Acompanhamos a história de Amarílis descobrindo seus poderes mágicos e tentando relacionar-se com o fato de que está apaixonada por Tolú, um antigo demônio. Entre os muitos méritos do livro, destaco a maestria de narrar tão bem uma cena de relação sexual… diferente.
Pedro Páramo, de Juan Rulfo (editora José Olympio, tradução de Eric Nepomuceno)
Releitura para a gravação de um episódio sobre o livro e o filme, recém-lançado pela Netflix. Para quem não conhece, Pedro Páramo é um dos livros basilares da literatura mexicana e daquilo que vai ser tornar o realismo mágico (importantíssimo para, por exemplo, Cem anos de solidão). Acompanhamos a história de um jovem em busca do pai na vila de Comala, uma ruína repleta de fantasmas e ecos do passado que narram suas histórias em uma trama labiríntica.
Os superstars da cadeia, de Nana Kwame Adjei-Brenyah (editora Fósforo, tradução Rogerio W. Galindo)
Pegamos o livro para gravar um episódio sobre o romance no 30:MIN. Livro sensacional! Em um mundo onde os presos podem procurar a absolvição (em casos de penas acima de 25 anos de reclusão) ou a clemência (no caso de penas de morte) por meio da participação em um reality show que funciona como um coliseu, Adjei-Brenyah reflete sobre o sistema penal e o direito à memória em uma narrativa que une política, filosofia e ação em igual medida e com muita habilidade. Se tivesse um Top 3 leituras do ano, estaria entre elas com certeza (e vale o destaque para o uso das notas de rodapé, que serve tanto como comentário metatextual sobre a violência institucionalizada, como dá profundidade e reflete sobre a memória dos presos).
As águas-vivas não sabem de si & Cidades afundam em dias normais, de Aline Valek (editora Rocco)
Reli o primeiro e li o segundo romance para uma entrevista com Aline Valek (que sai para todos em janeiro de 2025). Se no primeiro fazemos um movimento de mergulho com uma expedição no fundo do mar, no segundo é o reverso e vemos o que emerge de uma cidade que estava submersa. Gosto de como Aline trata da arte como uma mistura entre comunicação, memória e informação, como reflete sobre formas de consciência não-humanas e ecoa meus próprios medos existenciais por meio da temporalidade de tudo aquilo que já passou e ecoa nas temporalidades futuras.
Quadrinhos
Lore Olympus — Vol.1, de Rachel Smythe (editora Suma, tradução de Érico Assis)
Na mesma série sobre livros premiados, gravamos sobre o quadrinho Lore Olympus. Entre os ouvintes, foi um surto de mitologia: várias pessoas lendo sobre as histórias, acompanhando o quadrinho, escutando o podcast Noites Gregas… o webtoon é uma releitura da história de Hades e Perséfone com uma arte muito bonita e uma apresentação bastante acessível e interessante dos personagens.
O primeiro gato no espaço e a pizza impossível, de Mac Barnett & Shawn Harris (editora Todavia, tradução de Érico Assis)
É a primeira aventura do gato no espaço com seu fiel robô (que fugiu de uma bruxa porque odiou sua função de cortador de unhas do pé) e sua amiga Rainha Lunar para salvar a Lua de um acontecimento terrível: ela está sendo devorada por ratos. Bem humorado, bonito e atraente para crianças, o livro é uma graça e o primeiro de uma série de aventuras. O segundo, sobre a sopa da perdição, já foi anunciado para publicação.
Do Inferno, de Alan Moore & Eddie Campbell (editora Veneta, tradução de Jotapê Martins)
É um quadrinho denso e pesado, com uma arte muito bonita, que é uma releitura dos casos de Jack, o Estripador. Moore e Campbell oferecem uma possibilidade sobre o curso dos acontecimentos que envolve a visão particular de Moore que entende a arte e a narrativa como uma forma de magia que modela e altera o mundo atrás do tempo e via o poder simbólico.
A saga do Monstro do Pântano #1-#6, de Alan Moore (editora Panini)
Conheci o herói pela primeira vez e fiquei apaixonado pela caracterização do Monstro do Pântano por Alan Moore. As brisas que envolvem a criação da consciência do ser híbrido como ele, que se une ao campo de energia conhecido como O Verde, que consegue viajar por planetas, fazer brotar batatas alucinógenas, combate de igual para igual com o Batman e muitas outras coisas são muito interessantes. Devorei os seis volumes.
Helen of Wyndhorn, de Tom King, Bilquis Evely, Matheus Lopes & Clayton Cowles (editora Dark Horse)
Os seis volumes do quadrinho serão publicados pela Suma ano que vem e recomendo que, assim que possível, veja a arte. Belíssima. Um dos traços mais bonitos dos quadrinhos nos últimos tempos (também a turma de Supergirl: a mulher do amanhã, lançado esse ano, e que quase esteve aqui. Outro HQ interessantíssimo). Acompanhamos a história de uma adolescente, seu pai, seu avô e um reino que fica na fronteira entre dois mundos. É uma leitura leve, para acompanhar um drama familiar e as histórias que se perdem & permanecem ao longo do tempo…
Asterios Polyp, de David Mazzucchelli (editora Quadrinhos na Cia., tradução de Daniel Pellizzari)
Não tive certeza de colocar esse quadrinho aqui. A história não me pegou tanto: um homem mesquinho, arrogante e misógino reflete sobre seus relacionamentos, principalmente amorosos, ao chegar nos cinquenta anos. Só que a arte do quadrinho é tão bonita, principalmente no uso das cores e a criação de personagens, que precisei colocar aqui. Cada uma das pessoas tem fontes e desenhos do corpo de acordo com suas personalidades. O personagem mais intransigente tem traços mais quadrados, retos e angulosos; outra personagem, mais fluída, tem traços arredondados. Para mim, vale por isso.
Djeliya: uma fantasia épica africana, de Juni Ba (editora Skript, tradução de Márcio dos Santos Rodrigues)
Uma história inspirada no folclore de diversos países africanos com toques futuristas, Juni Ba escreve a história de um reino pós-apocalíptico em que Mansour, o último herdeiro do reinado, e sua leal Djeli Awa precisam se reconectar com os habitantes e com os contos e lendas da região para reconstruir as terras de forma digna. Além de tratar de ancestralidade, poder (inclusive o da arte) e responsabilidade, tem traços belíssimos — principalmente para quem curte os desenhos do Cartoon Network das antigas.
Green Lantern: Emerald Dawn, de Keith Giffen & Gerard Jones (DC Comics)
Lanterna Verde: origem secreta, de Geoff Johns & Ivan Reis (Panini)
Na verdade, esse aqui é só clubismo. A série do Lanterna Verde escrita por Geoff Johns será relançada e resolvi ler & reler os arcos mais marcantes da história de Hal Jordan de acordo com uma ordem cronológica que encontrei na internet. Esses dois dizem respeito ao surgimento do herói. Na fila, está a série de aventuras de Lanterna Verde ao lado do Arqueiro Verde.
Filmes, séries & jogos
Vou falar sobre as outras coisas de maneira sucinta. Assisti ao filme Pânico pela primeira vez. Não sabia que era um filme de terror tão bom. Gostei muito das referências e paródias, deve ter sido por isso que tantas outras franquias repetiram a fórmula. Também foi a primeira vez que assisti ao filme The Rocky Horror Picture Show, que brisa de musical, gostei muito.
No começo do ano, assistimos aos filmes do Oscar 2024. Meus preferidos foram Anatomia de uma queda, Vidas Passadas, Ficção Americana e Os rejeitados (mas as acusações de plágio tornaram minha relação com o filme bastante complexas…). Alien: Romulus, A substância e Ainda estou aqui também entram na minha lista de filmes mais interessantes assistidos.
2024 também foi o ano em que terminei a primeira temporada de Twin Peaks! Finalmente! Que 2025 seja o ano em que eu termino o que falta… (a verdade é que passamos grande parte de 2024 tentando ver House, o problema é que a série fica cada vez mais repetitiva e fui me incomodando, vendo cada vez menos, e aí assisti poucas coisas.).
No ramo das animações, fui conquistado por Dandadan — e no hiato, já separei alguns capítulos para ler. Completamente fisgado. Espero, também, que saia Atelier of Witch Hat no ano que vem. Acompanho pelas leituras e é um mangá com o traço belíssimo. Também assisti à nova adaptação de Ranma 1/2 que, até onde vi, está uma graça. Creature Commandos é outra que estou curtindo bastante.
No ramo dos jogos, fui um pouco mais variado. Destaco: Helldivers 2 foi um dos meus jogos mais jogados, divertido e repleto de frases que fazem paródia do discurso das forças armadas, espalhando liberdade e democracia pelo universo (basicamente, matando insetos gigantes, robôs e zumbis).
Astro Playroom e Astrobot também pintaram por aqui e fomos conquistados pelo robozinho carismático da PlayStation. Consegui zerar Marvel’s Spider-Man 2, com uma história bastante interessante para Peter Parker e Miles Morales, Hollow Knight, superando a maior dificuldade do jogo: andar pelo mapa, e Hades, pela terceira vez (só que, agora, no PlayStation).
Perdi bastante tempo em joguinhos para relaxar, como Vampire Survivors e PowerWash Simulator (também conhecido como Simulador de WAP para limpeza de coisas) e finalizo o ano na tentativa de zerar Black Myth: Wukong, no quarto de seis capítulos, Ace Attorney, recomeçando a trilogia, e na onda de Pokémon TCG Pocket. Apesar de estarem em andamento, foram bons momentos jogados.
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