Literatura? Para quê? (I)
Uma breve reflexão sobre o percurso da crítica literária e o que esperar dela
É estranho começar as edições quando se encerram as temporadas. Espero que tenham aproveitado o passeio com os tricksters porque, com a reta final do doutorado, as produções da Ponto Nemo vão deixar as temporadas de lado até o ano que vem. Além da escrita da tese, vou aproveitar para refletir sobre a estrutura da newsletter e dos textos que mando por aqui.
Inclusive, o texto de hoje é a primeira parte de uma reflexão maior sobre o fazer da crítica literária. Resolvi dividir o texto em três partes — duas reflexões históricas sobre a trajetória da crítica e do romance realista e uma parte final sobre as potencialidades da crítica contemporânea — e enviar em três edições menores.
A produção do texto foi um dilema: a última parte é a mais potente e com as reflexões em uma concentração mais forte… mas resolvi correr o risco e manter as duas partes expositivas no intuito de formar um percurso formativo. Não sei se foi uma escolha acertada, foi um chute. Se quiserem, podem deixar nos comentários.
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I. Em busca da crítica
Reescrevi e reordenei esse texto algumas vezes. A intenção era traçar um paralelo entre o exercício da crítica literária e da literatura a partir da estruturação do projeto civilizatório que nascia no século XVIII. Era o momento em que a crítica literária recebia um espaço de destaque e o romance realista, majoritariamente burguês, definiu um caminho para várias convenções que persistem até hoje. No entanto, conforme os anos passaram, a crítica conquistou uma certa independência de projetos políticos-sociais-etc., abraçando uma certa irrelevância.
Vimos, na virada do milênio (e a sensação tem se intensificado com o fatalismo acerca das potencialidades da IA), um discurso de fim da literatura e da crítica. O que me parece, no entanto, é um diagnóstico sobre as formas basilares nas quais esses discursos foram construídos.
Não é um ponto de vista inovador e muito já foi debatido sobre essa questão. Mas sinto que pouco se questiona a organização da crítica literária (ao menos aquela feita longe do campo acadêmico) que pode responder a uma “nova literatura”, uma nova forma de entender a estruturação do mundo, como a literatura do Antropoceno ou as pesquisas mais interdisciplinares como as de Donna Haraway e de Anna Tsing. E aí é que entra a pergunta do título: se não para isso, para que falar de literatura?
É uma pergunta que pretendo responder em três movimentos: I. apresentar um percurso histórico do que foi a estruturação da crítica que, até hoje, permeia o nosso imaginário e como ela se encontra hoje; II. visualizar algumas bases do romance realista e sua configuração como retrato da burguesia; III. algumas questões sobre a forma literária e da crítica que me guiam ultimamente.
Essa reflexão sobre o exercício da crítica me parece importante. Em primeiro lugar, porque a crítica sempre reflete o estado da linguagem artística em questão. Como escreveu Lourival Holanda,
Desde que houve textos, houve uma possibilidade de comentário, de reapresentação, em sua transmissão; a crítica tem sido consubstancial ao processo da memória escrita. Se não é ainda a instituição da crítica, já é uma espécie de protocrítica instalada em nossos hábitos culturais desde a tradição heleno-judaica; a que vem se juntar também a narração de matriz afro ou indígena, na recriação de sentidos agregadores. Às narrações, que perfazem uma comunidade, acrescentam-se comentários, interpretações, adequações. Portanto, o exercício crítico acompanha o ato de criação. Parece de política miúda fechar o foco no imediato de sua profissionalização, na querela de seu espaço no jornal ou na universidade, entre a coluna e o corredor, crítica acadêmica versus rodapé, quando sua alçada é antropologicamente maior. A crítica é uma forma de resposta à recepção do texto.
Ou seja: onde existe arte, existe crítica. Se for difícil de visualizar o que quero dizer, podemos tomar o cinema como exemplo: hoje, o grande circuito dos filmes funciona de forma bastante comercial; em sintonia, os textos críticos são, em sua maioria, resenhas escritas como guias de consumo. Quantas estrelas? Qual outro filme que preciso ver? O filme vale meu investimento? Nós não lemos, ou assistimos o filme, mas consumimos produtos culturais.
Universos expandidos e narrativas transmidiáticas surgem de narrativas audiovisuais que permitem que estejamos o tempo em todo, em todas as plataformas, consumindo material de um determinado filme — ao lado das críticas — profissionais e amadoras — que pipocam em todas as redes sociais e nas linhas do tempo.
Quando escrevi minha dissertação durante o mestrado, defendi que os vídeos dos booktubers eram, sim, uma manifestação legítima da crítica literária jornalística. Não descartei a existência de vídeos bons e ruins, mas quis defender a legitimidade: é preciso levar à sério — e, se possível, profissionalizar — essa produção. Não podemos seguir uma linha de “se está no YouTube, logo, é ruim”.
Talvez algumas coisas sejam ruins; ou, quem sabe, os influencers são uma categoria híbrida de trabalhadores não-remunerados, criando material para os grandes conglomerados de comunicação, como o YouTube, que levam outros princípios em consideração. E essas são questões que, de uma forma ou de outra, permeiam também a produção literária. Não é raro ver escritores incomodados com o fato de terem que performar e engajar nas mídias.
Porque essa relação entre arte e crítica é mais profunda do que essa primeira camada faz crer. Está na materialidade da coisa: a configuração histórica dos vários campos — culturais, sociais, políticos — influenciam na estruturação das formas possíveis de fazer crítica & literatura. Se quiser um exemplo prático, pegue uma vanguarda e veja como a obra de arte apresentada como “novidade” coloca em xeque quem pode produzir arte e sobre o que ela pode falar; em sintonia, você encontrará críticas que digladiam pelas interpretações, pensadores que defendendo a inovação ou a tradição.
Hoje, pela configuração que temos, é difícil de visualizar a crítica como ator definidor nos momentos de transformação cultural — não por acaso, um dos autores contemporâneos de maior destaque ataca sistematicamente o exercício legítimo da crítica literária enquanto é consagrado pelo mercado e redes sociais. Não é uma cisão interna, é uma postura que define quem pode avaliar o livro. Dentro do fluxo algorítmico, a voz dos críticos é diluída; o exercício, democratizado; o mercado, consagrado.
Isso não é uma constatação nostálgica ou pessimista, é a percepção de uma nova configuração — com seus pontos negativos e positivos. É mais importante qualificar a discussão de todas as vozes do que desejar o retorno ao silêncio pastoral. Destaco isso porque, geralmente, os saudosistas da crítica literária (geralmente abraçando um reacionarismo de elitismo cultural) idealizam um projeto iniciado no século XVIII, com uma hierarquização de conhecimentos, vivências e culturas.
O trabalho de Immanuel Kant, filósofo alemão, é bastante representativo do momento. Em suas reflexões, Kant retirou a crítica literária do espaço tradicional dos estudos gramáticos e documentais e a ligou com a filosofia, a investigação do gosto, do belo, da estética, do sensível. Bastante próximo de como entendemos o exercício da crítica hoje em dia.
Kant é representante de uma elite intelectual que surgia fora da tutela do poder religioso e se amparava numa nova construção de poder político. Essa elite queria guiar o cidadão comum às ‘verdades universais’ de um projeto civilizatório. A crítica, então, deveria ensinar o que era o bom gosto.
É possível visualizar a construção desse norte em uma estrutura de quatro pontas. A postura envolvia (1) a crença de que o indivíduo não conseguia resolver seus déficits sozinho e (2) precisavam da tutoria dos detentores do conhecimento, em posição de prestígio e dominação. Essa tutoria era recheada com a ideia de poder pastoral — uma educação do oprimido como um favor, algo em benefício do dominado — e proselitista — já que era o caminho único que as pessoas podiam percorrer para serem elevados. Por isso, (3) os especialistas/intelectuais controlavam a distribuição e acesso aos recursos e conhecimentos e (4) mantinham no dominado a sensação de incerteza ou privação, gerando uma indispensabilidade social do conhecimento restrito.
Pouco podia ser feito para criticar essa perspectiva, pois estava blindada pelo pensamento racional e científico — inquestionável. Inclusive, é quando o campo intelectual começa a receber seus títulos de distinção, como a nobreza, demarcando aqueles considerados intelectuais e qual o degrau estavam na hierarquia interna. O grupo se tornou tão autocentrado e autorreferente que, mesmo com a queda das monarquias, mantiveram sua relativa independência e fizeram parte da construção dos Estados modernos, quando estiveram ainda mais conectados ao senso comum e à democratização cultural.
Mas aqui a democratização não era de a um consumo abrangente, mas de um tribunal. Essa elite de intelectuais, no momento de mudança de poderes, ocupou um espaço vazio na esfera pública e mudaram o jogo: eles não falavam para um público, eles eram o público. É a atualização dessa definição que está tensionada quando, por exemplo, se discute a opinião e o interesse públicos no jornalismo.
Era a constituição dessa elite letrada como público que dava a ela poder para interferir em questões políticas e governamentais — e que, de certa forma, persiste até hoje. Os meios de comunicação de massa são herdeiros dessa “democratização”. A imprensa foi, por excelência, o espaço da crítica porque é quando as publicações ganham força. Como escreve Franthiesco Ballerini em Jornalismo cultural no século 21,
O nascimento do texto crítico só foi possível graças às transformações sociais do século 17, período em que (...) a burguesia ganha força como poder político e constrói espaços de afirmação discursiva de seu poder (jornais, revistas, etc.). A crítica nasceu, portanto, para legitimar, a condição burguesa contra o Estado absolutista. Todavia, seu exercício só ganhou força no século 18, com a propagação de teatros e museus nas cidades europeias. A crítica tornou-se um prolongamento das conversas travadas entre aristocratas e intelectuais frequentadores desses ambientes.
Ou seja, as críticas “democratizavam” a educação a partir de uma lógica de revisão educacional e cultural para que a apreciação artística obedecesse a lógica da elite letrada. Era a conformação da fruição cultural dentro de um projeto civilizatório específico. Se quisermos mudar o foco da análise, o controle dos corpos e suas rotinas é um reflexo disso: prisões, asilos e manicômios surgem para que todo o corpo de conduta desviante (o vagabundo, o louco, o doente, etc...) seja retirado do “espaço público” — um controle bastante questionado em alguns campos de trabalho que poderiam ser remotos.
A próprio ideia de cultura muda. Se antes era vista como plural, com diversas manifestações que deviam ser respeitadas, pois ou eram criadas por poder divino ou estavam relacionadas a aspectos naturais, agora a cultura era compreendida como algo único e singular, pautada em uma linha temporal eurocentrada. As outras sociedades, com uma cultura bárbara e atrasada, precisavam de ajuda para seguir rumo à Civilização e ao Progresso e aprenderem o que é Cultura.
Em outras palavras, é uma régua que coloca todos em uma mesma escala. Surgem as pessoas que querem falar o que é, ou não, cultura e um relativo atraso. Em Legisladores e Intérpretes, Bauman descreve o campo com três características definidoras: (1) um otimismo crente sobre uma ilimitada capacidade humana; (2) um universalismo que entendia que uma mesma visão poderia ser aplicada para qualquer local do mundo; e, claro, (3) etnocentrismo, porque essa régua universal deveria partir da Europa do século XVIII, o ápice da perfeição humana.
Se hoje não sabemos mais as histórias contadas tradicionalmente por nossos antepassados, se o conhecimento de alimentos alternativos, remédios caseiros e cantigas orais se perdeu, a mentalidade primordial surge do momento de “desprezo” pelo conhecimento popular e tradicional. A valorização dessa cultura de elite (tida como a verdadeira cultura) discriminava a cultura popular — para além do julgamento estético. Era também um exercício do poder no campo da arte. Era definir onde (e quem) poderia tocar música, contar histórias, encenar e pintar (uma tentativa que não era exatamente novidade desde as críticas mais normativas).
Como explica Bauman, “esta era a verdadeira diferença entre os tocadores de ‘rabeca e fagote’ voluntários, que decidiam quando e como tocar, e o organista profissional, um empregado contratado e demitido pelo padre da paróquia” — que tocava em horários demarcados em uma localidade específica. Em outras palavras, os amadores e artesãos versus os especialistas e verdadeiros artistas.
Aponto aqui apenas a diretriz do pensamento que estrutura o campo. Claro que a constituição não foi uniforme. Um dos embates internos, por exemplo, era o da crítica impressionista e sua defesa da subjetividade contra a crítica científica e a defesa da materialidade do texto. Cada uma delas se manifestou de um jeito diferente e deu diversos frutos, como a instauração da disciplina dentro do campo acadêmico.
Além disso, cada manifestação tinha particularidades regionais. No Brasil, as coisas não foram tão diferentes, mas nossa elite tem uma constituição bem diversa da europeia. No que tange a imprensa, por exemplo, temos um grande contingente de políticos-jornalistas-escritores que uniam a escrita com processos de independência e interesses governamentais. Quando não possuíam essa formação, os proprietários alugavam os escritores e suas habilidades de escrita para a imprensa, geralmente com favores políticos. Uma classe de trabalhadores repleta de capital cultural, mas bastante apartada do capital econômico. Cristiane Costa, em Pena de aluguel, e Sérgio Miceli, em Intelectuais à brasileira, são ótimas referências sobre o assunto.
Mas, aos poucos, essas coisas mudam de figura. O projeto civilizatório uniforme despedaça. Os males do capitalismo são expostos, as verdades se fragmentam — e “tudo que é sólido se desmancha no ar”, frase que Marshall Berman tira do Manifesto Comunista e usa como título de um livro sobre a história crítica da modernidade. Com a quebra do ideal e a ascensão da cultura de massa, uma nova entidade surge como reguladora da sociedade (ao menos, na ocidental. O processo era diferente nos países que se preparavam para a Revolução, mas a intelligentsia também perdia prestígio).
Parte das críticas em relação aos produtos culturais que veiculam na mídia de massa me parecem partir de um certo ressentimento pela perda desse prestígio: se é feito para vender e em grande quantidade, é ruim. Diversas áreas sofreram com isso, como o cinema, que demorou para ser aceito como arte, e os quadrinhos que, até hoje, para serem aceitos como arte, se subordinam ao campo “nobre” da literatura.
Uma outra postura em relação aos produtos culturais é que toma a dianteira. Nós consumimos arte, então importa menos a opinião dos críticos porque um livro não precisa ser lido, mas vendido. Por isso, resenhas e apontamentos voltados para o guia de consumo.
Mas, se perde relevância, também ganha independência do projeto civilizatório. É o que faz com que a voz de algumas minorias silenciadas proponha novas leituras, interpretações e discussões sobre tropos e esquemas narrativos e a construção de personagens — ainda que algumas discussões sejam bem absorvidas pelo mercado e transformadas em uma reflexão sobre o público-alvo.
O ponto que me guia nesse percurso é: até que ponto a forma com que fazemos essas críticas e pontuamos essas necessidades de mudança conseguem atravessar esse espaço preestabelecido pelo consumo? Consegue? Creio que a literatura tem feito essa pergunta há algum tempo. A proposta de utopias, do solarpunk, a busca de uma narrativa que dê conta das catástrofes climáticas e a forma como precisamos perceber isso.
Mas não vejo a crítica preocupada com essas perguntas. Será que a forma com que temos feito isso é o bastante? Abarca os diversos colapsos que surgem? Estamos seguros em como comunicamos, no formato que fazemos? Não sei. Penso que não. Mas foi para pensar esse assunto que estruturei essas edições. Quero dizer, se não for para pensar nessas questões… para que literatura?
…e agora?
Nos últimos tempos, a newsletter se estruturou em temporadas. A primeira foi a sobre fungos e cogumelos, acho que uma das minhas preferidas. Depois, uma minissérie sobre bibliotecas, uma edição dupla sobre jogos & outra com textos de ficção, uma nova temporada sobre sonhos e, por último, a temporada sobre os tricksters.
Mas muito difícil de navegar por aí e encontrar essas edições rolando o arquivo da Ponto Nemo, não? Então estou editando e organizando um Arquivo Interativo como uma página no Notion. Assim, fica mais fácil de procurar o que é antigo e surfar pelo arquivo.Sabe as fichas da Laerte, aquelas que iam cair? Pois é, uma delas caiu!
Quando revisei o último texto sobre os tricksters, percebi a quantidade de pesquisa envolvendo a produção de uma temporada e — com a iminência do fim da bolsa de estudos — entrei em um impasse: acredito que os textos da newsletter devem ficar abertos, sim, mas... é tanto trabalho para escrever uma temporada.
Eu não sei a resolução do impasse e, honestamente, anotei ele no caderninho de Coisas para resolver depois da tese. Talvez, por isso, seja um impasse, não? Se eu pudesse resolver facilmente, não seria um im... enfim. Mesmo que eu não saiba o que fazer (e que eu tenha sentido vontade de falar sobre corporeidades), sei o que não consigo fazer.
Entregar os ebooks das temporadas, tão querido e desejado, é uma dessas coisas. Preciso revisar os textos, diagramar, pensar em capa, queria atualizar a tão querida temporada dos fungos e cogumelos com pautas que ficaram de fora. Para isso acontecer, ou precisava deixar de escrever novas temporadas, ou terceirizar parte do serviço. Então, por enquanto, a recompensa será posta em um sono criogênico.
Assim como a produção do Coral.Wav — mas fiquei feliz de produzir os episódios sobre Hermes, Exu e Susanoo (ainda que Loki, Mawi, o Rei Macaco, Krishna e etc. tenham ficado de fora). Não sei como ocupar aquele espaço, qual tipo de conteúdo colocar e esse é outro tópico no caderno do ano que vem. Criogenia nele!
Por outro lado, encontrei possibilidades de compensação que não complicam minha vida e facilitam a de vocês. A primeira delas envolve maneiras de tornar o conteúdo antigo mais acessível (e menos dependente do Substack). Por enquanto, decidi organizar um Arquivo Interativo em uma página no Notion. Está no começo, ainda estou estilizando e organizando os links, mas ela me parece mais visual e funcional do que o sistema de separação por tags aqui da newsletter.
Todas as edições estão organizadas por suas temporadas, minisséries e editorias. Imagino que fique fácil para todo mundo. Hierarquizei os temas, então, se você usar um leitor de tela e o arquivo não for funcional, me diga, ok?
Quem quiser, pode conferir aqui (mas também é o link que está na barra de navegação para Edições Antigas):
Além disso, estou estudando viabilidade e interesse de um texto mensal — esse, sim, eternamente exclusivo e fechado— como uma agenda de interesses: o que sites, vídeos, livros, jogos e filmes que eu vi. Um link & duas linhas de coisas que acho dignas de nota. Se, de um lado, acho bacana a curadoria de coisas que vi e que não terão um texto longo nas Anemonações (por exemplo, já viram o vídeo de História da arte em 20minutos da vivieuvi?), do outro, fico pensando: quem precisa de mais links?
Bom, é isso que nos guia por aqui, no planejamento da Ponto Nemo (e, se você ainda não é inscrito, já sabe, bota o e-mail aqui embaixo).
Obrigado por ler até aqui!
Se você gostou da edição, compartilhe com alguém que possa gostar. É de grande ajuda!
Além disso, você pode conferir a campanha de financiamento coletivo no Catarse — ou assinar pelo Substack — e ter acesso antecipado aos textos das Anemonações.
As novidades da newsletter, próximas pautas e calendários estão no nosso perfil do Instagram. Se você recebeu esse texto de alguém, não deixe de se inscrever e conferir as outras edições em Ponto Nemo. Outras produções estão disponíveis no Estantário e você pode me ouvir falando de literatura no podcast 30:MIN.
Se quiser conversar, pode responder esse e-mail ou me encontrar no Instagram pessoal.
Nos últimos 15 dias, eu:
Participei do episódio: “30:MIN 435 – Literatura e Censura (com Marçal Aquino)”;
Participei do episódio: “30:MIN 436 – Merece o prêmio? (Annie Ernaux)”;
Participei do episódio: “30:MIN 437 – Mulheres Empilhadas, de Patrícia Melo (com Keka Reis)”.
Eu deveria ter esperado essa edição para recomendar a Ponto Nemo, hahaha. Eu adoro o assunto, gostaria de estudar mais crítica literária, mas os livros focados no tema me parecem mais voltados pra estudantes de humanas mesmo. Com isso quero dizer que a linguagem me pareceu meio difícil. Eu li o Teoria da Literatura, do Eagleton, mas estarei mentindo se disser que entendi tudo. Quando se está habituado a ler esse tipo de texto eu creio que flua mais suavemente.
Dito isso, pretendo margear o assunto da crítica de arte na próxima edição da newsletter, vamos ver se vai dar certo.
Também tenho vontade de invadir a critica literária.
Achei muito legal esse tema da newsletter, vou acompanhar.